segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ENCHENTES NO VALE DO PARAÍBA


Casas alagadas na rua Pio Gonçalves Chaves

Casa destruída na zona rural

Estrada interditada por destruição da ponte em Riacho de Mogeiro

São José dos Ramos teve 277 desalojados e 54 casas destruídas pelas chuvas de julho

O Município de São José dos Ramos contabiliza os prejuízos causados pelas chuvas ocorridas em julho, deixando um rastro de destruição. A enchente inundou casas, destruindo 54 delas e desalojando 277 pessoas, afetando indiretamente cerca de 5 mil habitantes que tiveram suas residências danificadas. Segundo a Agência de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, as chuvas de grande intensidade na região chegaram a superar a média histórica para o mesmo período, sendo que 35,8% dessas precipitações ocorreram apenas no mês de julho, provocando destruição de casas e danificando estradas vicinais, passagens molhadas e pontes.

A prefeita de São José dos Ramos, Cida Amorim, informou que os danos materiais chegam ao montante de mais de um milhão de reais, contabilizados os danos em residências, estradas e ruas. Os prejuízos na agricultura também somam vultosa quantia, pois as inundações atingiram a produção de grãos, cereais e leguminosas no campo. 

Diante dos estragos, foi decretado estado de emergência, visando facilitar ao Município o acesso aos recursos estaduais e federais para promover as obras necessárias e a compra de materiais para as famílias atingidas. “Não tivemos feridos e mortos, mas as consequências econômicas e sociais são pesadas para um município pobre como o nosso”, lamentou Cida Amorim, apresentando a estimativa do prejuízo financeiro provocado pela chuvarada. As estradas vicinais ficaram sem condições de tráfego, e com a destruição de uma ponte na estrada que liga a Itabaiana, a cidade ficou isolada por dois dias, quando foi construída uma precária variante de acesso. 

Os prejuízos nas culturas agrícolas também são consideráveis, segundo a Prefeitura de São José dos Ramos. A produção do milho perdeu-se em mais de 60%, referente a 1.620 toneladas, o que equivale a mais de 600 mil reais de prejuízo. Os agricultores que plantam feijão, outra cultura tradicional no município, sofreram perda de mais de um milhão de reais. Cida Amorim lembra também os prejuízos ambientais, com os agravantes do grau de vulnerabilidade da população e a forma súbita e imprevisível com que o fenômeno atingiu o município.

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